VIVÊNCIAS PRÁTICAS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM COM PACIENTES PSIQUIÁTRICOS MORADORES EM RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS
Resumo
INTRODUÇÃO: A Residência Terapêutica é caracterizada como um local que coloca-se
fundamentalmente com um dispositivo problematizador da atenção em saúde mental,
exigindo a constante reflexão sobre as práticas e saberes em jogo no processo de
desinstitucionalização. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi descrever as vivências
práticas prestadas a pacientes psiquiátricos em Residências Terapêuticas (RT) desenvolvidas
pelos discentes do curso Técnico de Enfermagem. METODOLOGIA: Foram realizadas
atividades práticas de enfermagem como vivências práticas sendo caracterizadas durante o
período de 30 dias, sendo executadas por discentes do curso Técnico de Enfermagem, de uma
Faculdade do interior paulista, com pacientes moradores de RTs de longa permanência. O
estágio supervisionado abordou-se práticas de cuidados gerais como higiene corporal e bucal,
participação dos moradores em oficinas terapêuticas com trabalhos de artesanatos, pinturas,
atividades físicas, lazer, e outras, a fim de reinserir estes indivíduos na sociedade. Estas
atividades, foram descritas em relatórios de enfermagem e prontuários de pacientes, que
foram registradas diariamente após cada dia do estágio. Os resultados deste estudo foram
documentados e observados diariamente a adesão dos moradores em participar das oficinas
propostas. RESULTADO: Após análise dos dados, verificou-se que pacientes psiquiátricos de
RTs, tiveram grande participação nas oficinas oferecidas por discentes e nas atividades
físicas, sendo estas realizadas por meio do registro em prontuários e observação durante o
período do estágio, referente as atividades de vida diária (AVDs). Também, foi observado um
elo maior entre os moradores das RTs com a equipe prestadora do cuidado e discentes que
desenvolvem as atividades práticas com estes moradores. CONCLUSÃO: Portanto, as
vivências práticas dos discentes de Técnico de Enfermagem com os moradores de RT
implicam grande responsabilidade com a esfera social, inerte à vida em comunidade e ao
próprio processo de reinserção, pois passaram a participar do jogo das relações sociais.